Por Barry Fingal Floyd
Começou! Bola rolando para a mais louca aventura que nós já pensamos em viver. Ok, na verdade a bola já rolou há muito mais tempo, mas como a ficha não caiu em nenhum momento... uma hora cai e eu lhes contarei, mas até então. Bom, tudo começa (relativamente) no dia 4 de outubro de 2010. Acreditem, eu ainda não tinha uma mala para fazer uma viagem internacional de aproximadamente um ano. Comprei uma mala de 23 kg, mas ao chegar em casa, descobri que não era a melhor opção, tive que voltar a loja e trocar por uma de 32 kg.
Mala comprada, é hora de organizar as coisas, naaaaaaada, o canal é ir para casa do Sean e tomar uma cervejinha gelada, ainda deu tempo de comer um risotto maravilhoso que minha irmã preparou para nós. Pela primeira vez na minha vida eu fui prudente e anotei tudo o que eu queria levar/trazer para a minha estadia na Irlanda, então foi só dividir na mala e na minha bagagem de mão, a mesma mochila velha de guerra que usei na faculdade.
Dormir pouco, primeira vez que fiquei ansioso com a viagem, pensei na possibilidade de não conseguir emprego ou em não ter um inglês suficientemente bom para entender os irlandeses – esse era de fato meu maior medo – A grande verdade é que até então eu não temia nada, mas estar tão perto de ir embora, parece que tudo juntou, mas apaguei e acordei na outra manhã... sempre que tem algo no dia seguinte eu consigo acordar ainda mais cedo.
Fomos para o aeroporto, acompanhados pela minha família, eu e Sean, lá nós despachamos as malas direto para Dublin, uma vez que faríamos duas escalas e não precisaríamos ficar andando com malas por São Paulo e Madrid. Encontramos com o Samul e sua família lá também. Últimas ligações, pessoal se despedindo, desejando sucesso e etc e tal.
A viagem Bh-São Paulo foi muito tranqüila, Sean é um esfomeado e Samul parecia sentir uns revertérios, principalmente durante o pouso. No aeroporto de Guarulhos esperamos das 13h10 até as 19h55. Almoçamos no McDonalds, tomamos um balde com cinco Heinekens, a quinta era free, andamos bastante, compramos revistas, tomamos sorvetes e aí a informação do aeroporto chama por “..... ......” , era o nome do Sean, ele ficou desesperado, mas era apenas o pai dele. Quando a Ibéria enfim chamou para o embarque, foi em um espanhol muito mal falado, com uma batata na boca, pegamos a fila errada e só não fomos os últimos a embarcar no vôo porque havia mais dois bobs feito a gente.
PIOR vôo da minha vida, não estou criticando a Ibéria, mas 10 horas, um cara com mais de 1,80m em um espaço para um de 1,60m não funciona. Pelo menos a aeromoça era linda. Ah, antes que eu me esqueça, para variar, eu e filme em transportes particulares não funcionamos (todo mundo conhece a história de “E o vento levou” no ônibus para Moc?) Enfim, dessa vez foi uma péssima pedida com a Queen Latifah. Desconfortável, mas eu apaguei, mal dormido, mas dormi quase o tempo todo.
O aeroporto de Madrid (Barajas) é um monstro, desembarcamos no Terminal U e tivemos que pegar um trem (vídeo e história em breve) para chegar no terminal H. Depois de 286 controles da imigração, enfim embarcamos para Dublin e novamente eu dormir. Uau, acho que nunca dormi tanto em minha vida, mas viajar no fuso horário para a frente e depois para trás é bizarro. Quando acordei, pude ver o território francês, o lanche passou, mas tinha que pagar e como sou pobre, fiquei na vontade. Enfim chegamos em Dublin, ao contrário de todos os prognósticos SOL! Não a cerveja, o astro universal!
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