• "In the merry month of Octuber, from my home I started. Left the girls of BH, nearly broken hearted. Saluted father dear, kissed my darlin' mother, Drank a pint of beer...

    sexta-feira, 8 de outubro de 2010

    Espanha...

    Por Barry Fingal Floyd

                    Eu era um grande admirador da Espanha até passar pelo país. A história começa ainda em São Paulo onde os funcionários da Ibéria se mostraram despreparados para atender a demanda. O nosso vôo para Madrid, era o mesmo de pessoas que estavam embarcando para Barcelona, o que gerou confusão na organização da fila.
                    O vôo em si foi desconfortável, mas com a confusão do fuso horário eu acabei dormindo, as vezes eu uso o termo apagar, mas como minha perna não cabia no espaço que me foi reservado, eu apenas dei umas apagadinhas, me ajudou muito o canal de música clássica que rolava no avião. No meio da noite acordei várias vezes, a primeira com Sean e Samul rachando de rir junto com o pessoal das poltronas de trás, os dois não conseguiam dormir e começaram a amarrar o travesseiro na cabeça com os fones de ouvido que a empresa havia distribuído para nós. Mais tarde, esbarrei no comando do rádio e acordei com o péssimo filme da Queen Latifah que eu já citei em outro post. Mais tarde acordei com a única funcionária da Ibéria educada distribuindo água para os passageiros. Nesse momento os dois mocorongos estavam dormindo e só eu fui presenteado com um copo de água e um chocolate Kit-Kat.
                    Um momento engraçado foi quando a Ibéria distribuiu o jantar, o espanhol deles é tão embaraçado que eu só entendi uma das duas opções de comida que havia, “massa”, ainda bem que escolhi essa por que era melhor que o frango que o cara do meu lado estava comendo.
                    Depois de dez horas de vôo chegamos em Madrid, como o aeroporto é bem afastado da cidade, deu pra ver pouca coisas, mas era tudo muito bonito. Descemos do avião e pegamos um ônibus que levou todos os passageiros durante uns seis minutos da pista de pouso até um grande saguão, lá pedimos informação em um guichê, mas a mulher nos mandou para a fila errada. Ficamos meia hora esperando para ficar na Espanha, quando devíamos estar na fila de trânsito, que era mil vezes maior. Pelo menos deu tempo de conhecer um brasileiro, com cara de russo, gaúcho e torcedor do Internacional de Porto Alegre, ele é representante da Azaléia e é responsável pelo Caribe e Leste Europeu, estava voltando de uma viagem da Rússia e da Turquia.
                    Mudamos de fila e éramos os últimos a passar pela imigração espanhola. O oficial tinha cara de mal e Sean e Samul trocaram de fila. Quando o oficial me chamou me fez apenas uma pergunta em espanhol sobre Dublin e eu não entendi bulhufas, apenas respondi que não e ele carimbou meu passaporte, enquanto isso, os dois jecas que mudaram de fila foram açoitados com perguntas sobre o que faziam ali, para onde estavam indo e quem permitiu que fossem para lá.
                    Depois do episódio conhecido como “Lo Cagaço de Madrid” corremos para pegar um trem.



    Sim, o aeroporto é tão grande que tivemos que pegar um trem, pois desembarcamos no terminal U e precisávamos chegar no terminal H. Depois do trem tivemos que correr bastante, passamos por uns três ou quatro postos de fiscalização, foi um abre e fecha danado de malas e sempre lidando com a grosseria dos espanhóis.
                    Após muita correria, chegamos ao maldito terminal H, me senti no Amazing Race, correndo dentro de um aeroporto com uma mochila pesada nas costas. Enfim, não adiantou nada, quando chegamos havia uma imensa fila e o vôo parecia ter atrasado alguns minutos. Esperamos um pouco e logo embarcamos para Dublin, onde eu dormir mais uma vez, mas deu tempo de aproveitar a janela, ver um pouquinho dos territórios espanhol, francês e inglês.

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