• "In the merry month of Octuber, from my home I started. Left the girls of BH, nearly broken hearted. Saluted father dear, kissed my darlin' mother, Drank a pint of beer...

    sábado, 23 de outubro de 2010

    burocracias, anestesias e cervejas...

    Por Barry Fingal Floyd


                    Hoje completou 18 dias que estamos em Dublin. A grande verdade é que, passadas duas semanas eu ainda me sinto totalmente anestesiado em relação a estar ou não longe de casa. Inevitavelmente muitas coisas aqui deixam claro que estamos na Europa, mas há uma outra série acontecimentos que nos permitem sentir totalmente em casa. Fato é que ter que resolver burocracias relacionadas ao visto e a minha permanência aqui não me permitiram, ainda, parar e ficar pensando que estou na capital da Ilha Esmeralda.
                    Quando decidimos vir para Dublin, fechamos com a agência de intercâmbio (Go To London) uma semana de acomodação em residência estudantil. O que isso significa? Que a partir do dia em que chegássemos a cidade, teríamos sete dias de acomodação garantidos e depois disso tínhamos duas opções, arrumar outro lugar para ficar ou renovar nossa estadia na residência estudantil. O valor de uma semana nessa casa especificamente era quase meio aluguel e não compensava ficar por ali.             De toda forma, para quem estiver vindo futuramente eu não aconselho de maneira forma alguma contratar apenas uma semana do serviço, a não ser que esteja disposto a partir para a correria em busca de algo novo. Enfim, procuramos e encontramos.
                    Além de procurar a casa, tivemos que ir na escola (Eden College) para fazermos os testes e ver em que nível e turma nos encaixaríamos. Aproveitamos para retirar junto a escola algumas cartas de recomendação que seriam úteis para abrir a nossa conta no banco e conseguir o PPS, que é um registro sem o qual não se consegue trabalho aqui. Com a documentação em mãos nos dirigimos ao Bank Of Ireland, pertinho da escola, e abrimos a nossa conta. A moça do banco nos explicou que teríamos de esperar até sete dias para receber o número da conta com o primeiro extrato, as senhas e o cartão que nos seria endereçado em três diferentes correspondências. O mesmo foi dito pelos funcionários do PPS.
                    Com as cartas em mãos voltamos ao banco e fizemos o depósito dos 1000 euros na conta, assim já estamos aptos para nos apresentar a imigração e pegar o visa, ou o visto que garante a nossa permanência no país por um ano. No entanto ainda teremos que esperar mais uma carta do banco chegar com o extrato. Além de todas essas burocracias, agora nós precisamos nos preocupar com as compras da semana, gastos e procurar empregos. Assim, fica fácil se desligar do fato que estamos longe de casa.
                    Por outro lado, por não ter conseguido os empregos ainda, estamos evitando fazer gastos exacerbados que possam criar rombos em nossos orçamentos e não gastar reflete diretamente em viver Dublin. Afinal de contas, para viver um lugar é necessário abraçar a cultura local e fazer e participar daquilo que a cidade, região ou país te oferecem. O medo de extrapolar os gastos ainda nos impede de viver Dublin de forma integral.
                    Todos os dias eu levanto as oito horas da manhã, tomo café e vou para a aula, onde fico de dez da manhã até as duas da tarde, passeio pela região central, vou ao supermercado ou a Penneys, se necessário e volto para casa, aos poucos vou visitando os pontos turísticos da cidade, mas tenho despendido mais tempo fazendo lições e lendo livros do que propriamente vivendo a cidade. Por que? Simples, viver a cidade não é apenas estar nela, trabalhar e estudar aqui. Viver Dublin é consumi-la e respirar o ar que ela me oferece. Quem me conhece pode imaginar o meu sentimento ao passar diariamente na porta de diferentes Pubs e evitar entrar neles por não saber consumir apenas um copo de cerveja, aqui chamados “pints” – leia-se “paints”, ou qualquer som parecido com esse – e Confesso que acho 5 euros por uma pint de 500ml bem carinho... Na verdade, quando você está em época de vacas magras, tudo se torna um pouco caro. Enfim, a hora de viver Dublin intensamente chegará, por enquanto, nos contentamos com livros. Aliás, antes de me despedir, a intenção não é ser dramático ou triste, mas tem sido a nossa realidade, o que não quer dizer que não tenhamos feito coisas legais por aqui, inclusive indo em pubs e tomando uma cervejinha.

    Um comentário:

    1. que lindoooo!!!! queria ta vivendo ai com vcs, a gente ia zuar demais!!!! saudade dos tres, e nao passo mais de um dia sem lembrar de voces e imaginar o quanto deve ta sendo mt divertio viver ai!
      saudadesss, aparecam mais na net pra gente conversar!
      quero um post especial de niver heim, ate agora nao vi foto nem comentarios de como foram as comemoracoes...ehehhe
      bjaoooo

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